Livros físicos x tablets x Kindle (livros eletrônicos): vantagens e desvantagens


Você pensa em comprar leitores eletrônicos como o Kindle ou um tablet? Ou prefere os livros físicos?
Quais as vantagens e desvantagens e as melhores opções de livros eletrônicos?
Veja a opinião de alguém que migrou dos livros em papel para o Kindle há mais de 5 anos e não volta mais atrás.


Essa é a história de um antigo amante de livros em papel que fez a transição para as telinhas há mais de cinco anos. Conheça minha experiência de leitura com o Kindle, tablets, e todas as consequências que vieram com ela.

Antes de escrever esse texto, acreditava que falar sobre essa mudança de comportamento (sair do papel e entrar no mundo dos livros eletrônicos) seria algo banal, uma vez que, com as vantagens da nova tecnologia, as pessoas migrariam naturalmente para ela, tornando esse depoimento obsoleto rapidamente.

Entretanto, as estatísticas mostram que as vendas de livros eletrônicos ainda são muito menores do que as volume comercializado de livros físicos, embora o meio digital tenha ganhado alguma vantagem na pandemia. Acredito que este relato prático e honesto poderá ajudar muita gente que ainda torce o nariz para a funcionalidade desses dispositivos.

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Os últimos lançamentos no mercado brasileiro de e-readers foram realizados pela Amazon, com a nova geração do Kindle Paperwhite, a nova geração do Kindle básico, agora com iluminação e o Kindle Oasis, com temperatura de luz ajustável. Uma vez que considero o custo-benefício do Oasis desvantajoso, vou centrar-me nos dois primeiros nas observações, embora eu mantenha meu Paperwhite da geração anterior que possui quase 5 anos.

A ideia é explicar em linhas gerais as vantagens e as (poucas) desvantagens dos livros eletrônicos em relação aos livros físicos e tablets, sobre as diferenças dos modelos, acessórios, usabilidade e alguns usos avançados que muitas vezes não estão nos textos básicos da internet.

E-readers: o que são os livros eletrônicos?

Um e-reader, ou leitor de livros digitais, é um dispositivo que permite a leitura através de uma tela de tinta eletrônica (e-ink), considerada a melhor tecnologia de leitura hoje existente. Muito semelhante ao papel, ela permite que você possua uma experiência de leitura similar ao livro físico, uma vez que não necessita de iluminação artificial em ambientes iluminados.

Há alguns anos já existem no mercado e-readers com iluminação interna para permitir a leitura em ambientes escuros, com leds dispostos em posições estratégicas na tela. A experiência é excelente, tornando possível a ideia que eu tinha desde pequeno de ter livros fluorescentes para poder ler no escuro do quarto antes de dormir…

Sua alta capacidade de armazenamento é um destaque: independentemente da memória interna, eles possuem espaço para conter centenas ou milhares de livros em um dispositivo que pesa menos de 200 gramas. Ou seja, uma praticidade e tanto para suas viagens e no dia a dia ao trabalho.

Uma vez que são apenas leitores de livros, o consumo de bateria é baixo e, dependendo de sua frequência de leitura, uma carga completa pode durar de uma semana a um mês. Mais um ponto para o e-reader ser um grande companheiro nas suas férias quando a pandemia passar!

Muitas vezes eles são confundidos com os tablets, mas são dispositivos com propostas totalmente diferentes. Farei a distinção entre os livros eletrônicos e tablets na sequência do texto. Antes, porém, vamos compará-los com os livros físicos.

E-reader (Kindle) x livros físicos: vantagens e desvantagens

É possível que você já deve ter lido ou ouvido algum comentário como: “não tem nada igual ao prazer de tocar o livro, folhear as páginas e sentir o cheiro do papel… eu nunca trocaria isso por um dispositivo eletrônico…”

Compreendo essa percepção: afinal, eu também pensava assim. Mas a partir de um certo momento, comecei a perceber que esse sentimento estava mais relacionado ao apego à materialidade, e não a um lazer, a um crescimento pessoal e cultural ou a um aprendizado técnico, que são, enfim, as consequências da leitura de um livro. O papel em si, não tem valor, mas sim o seu conteúdo.

Vantagens do e-reader sobre o livro em papel

Os leitores eletrônicos, capitaneados pelo Kindle, oferecem exatamente isso: conteúdo com uma infinidade de vantagens ao livro físico, como:

  • mobilidade: possibilita carregar centenas e milhares de livros em um dispositivo que pesa menos de 200 gramas;
  • custo: os livros eletrônicos são, na imensa maioria das vezes, mais baratos que os livros físicos, o que faz com que o custo do dispositivo se pague rapidamente;
  • agilidade: na compra on-line, você recebe o livro na hora em seu aparelho, anulando o período de espera do frete;
  • facilidade para escolhas: você pode (no ecossistema Amazon-Kindle) baixar amostras de qualquer livro e ver se realmente ele satisfaz sua expectativa para, posteriormente, comprá-lo;
  • agilidade no aprendizado: um simples toque em uma palavra no e-reader abre a possibilidade de ver seu significado em dicionários, traduções e verbetes na Wikipedia;
  • simplicidade para anotações e marcação de notas: eles permitem que você grife trechos importantes, faça anotações e mantenha todo esse arquivo na nuvem, facilitando recuperar suas ideias posteriormente, sem precisar ler novamente o livro;
  • clareza na leitura: o tamanho das letras, o espaçamento dos parágrafos, as margens, além do tipo e a espessura das letras podem ser customizados. Ou seja, você lê como quiser, sem estar imposto a um padrão gráfico de uma editora.

Desvantagens do e-reader sobre o papel

Há algumas desvantagens, entretanto, que se baseiam nas limitações da tela e-ink (mais detalhes na próxima seção): ela não suporta bem figuras e gráficos. Nesse caso, os livros físicos que fazem uso desses elementos, como livros técnicos e artísticos, ainda possuem uma melhor experiência de leitura.

Nesses anos com o Kindle, percebo que nos novos lançamentos há uma boa evolução nos gráficos (eles podem ser ampliados na tela melhorando a visualização, embora com redução na resolução). Mas as fotos ainda não ficam boas, até pelo fato de que não temos cores nas telas e-ink, mas apenas uma graduação do cinza-claro ao preto. Assim, quem faz uso de temas onde esses elementos são frequentes, vai estranhar (e pode não gostar) dos dispositivos eletrônicos.

Outra desvantagem, ao menos no Brasil, é a quase impossibilidade de “empréstimo” dos livros adquiridos eletronicamente, procedimento normal nos livros físicos. Os livros são de uso exclusivo do comprador. Isso pode ser uma desvantagem se você possui um grupo que compra e troca livros, no intuito de trocar conhecimento sem custo adicional.

Existe nos EUA a possibilidade do cliente Amazon dividir seus catálogos com familiares. E com algum jeito, é possível fazer o mesmo aqui no Brasil. Comento mais na última seção da postagem.

Ofertas Amazon: Kindle Paperwhite, livros

E-readers (Kindle) x tablets: vantagens e desvantagens

Os livros eletrônicos parecem tablets, mas não são. Os tablets, mais caros, oferecem algo mais do que os e-readers, mas cobram o seu preço, que não é apenas o seu valor financeiro. Eles são mais pesados, a bateria dura muito menos e possuem a tela com luz direta.

Ou seja, eles são muito mais semelhantes aos smartphones do que aos leitores eletrônicos. No entanto, acabam sendo concorrentes dos e-readers, uma vez que permitem que baixemos aplicativos de leitura possibilitando a leitura de qualquer livro comprado em lojas on-line.

Dentre a maior desvantagem dos tablets, destaco a luz direta. Os leds do tablet estão posicionados frontalmente aos nossos olhos, e emitem a luz diretamente a eles. De dia, não vejo tanto problema. Eu uso frequentemente um tablet para ler artigos de feeds deitado no sofá ou na rede, dando uma pausa na posição formal do escritório. Mas de noite… sigamos com os detalhes…

Vantagens do leitor eletrônico sobre os tablets

Durante a noite, na cama, a luz que um tablet emite não é confortável, mesmo usando aplicativos para eliminação da luz azul, que, especialistas dizem, é a pior para atrapalhar nosso ciclo circadiano (aquele relacionado à produção de melatonina e a problemas com o sono).

A vantagem dos leitores de livros eletrônicos nesse quesito é enorme, uma vez que a tecnologia e-ink não usa a luz para formar as imagens, ou seja, não há emissão alguma aos seus olhos. Mesmo nos modelos com luz embutida, ela não é dirigida diretamente à face: os leds iluminam a tela lateralmente e o cansaço ocular é muito menor. A tela continua a parecer um livro, mesmo em ambientes escuros, facilitando a leitura e preservando a saúde de seus olhos.

Justamente por não precisar de energia e fonte de luz interna para a tela, a bateria dura muito mais do que qualquer tablet. Como normalmente leio bastante à noite, com a luz ligada (nível 7-8 de um máximo de 20), meu Kindle fica longe da tomada por volta de 10 a 12 dias. Para quem lê menos, ou em local com luz ambiente (e iluminação do dispositivo desligada), ela pode durar mais de um mês tranquilamente.

Outras vantagens do e-readers são seu peso (mais leves), seu custo (mais baratos) e sua resistência (a tela não é propriamente de vidro e há poucas ocorrências de quebras em quedas). Meu Kindle já caiu umas 3 vezes no chão e continua perfeito.

Desvantagens do leitor eletrônico sobre os tablets

Há, porém, algumas desvantagens se você não entender bem a proposta do dispositivo.

O leitor eletrônico de livros é somente… um leitor de livros! E só! Não imagine instalar aplicativos nele ou dar uma espiadinha nas redes sociais. Nada disso. Se fomos pensar em usabilidade, a ideia mais honesta é a comparação entre um livro físico e um e-reader. Os tablets são outra categoria que, eventualmente, podem ser usados como leitores através da instalação de um aplicativo.

O leitor eletrônico foi criado justamente para substituir o livro, e não o tablet. Então, se existe a ideia de classificar essa funcionalidade exclusiva para leitura como uma desvantagem, talvez o e-reader não seja para você.

Se alguém não tem o hábito contínuo de leitura de livros e deseja ter um dispositivo completo, com acesso a redes sociais e jogos, o tablet será a melhor opção, pois ele não se limita a leitura de um livro. Possui a vantagem, entretanto, de possui vários apps para a leitura, enquanto no livro eletrônico estamos limitados pelo software do fabricante.

Além disso, como comentei na seção anterior, livros com fotos e gráficos possuem uma experiência melhor de leitura no tablet, uma vez que a tela e-ink não possui cores e uma resolução adequada para esses elementos. Se você faz uso desses textos, a leitura de um arquivo “pdf” será mais prazerosa no tablet.

Para quem lê com frequência livros predominantemente textuais, entretanto, os leitores eletrônicos acabam sendo vantajosos, por todos os motivos já listados anteriormente.

Modelos de e-readers disponíveis no Brasil e acessórios: qual é a melhor escolha?

O mercado de e-readers tinha, na época que comprei meu Kindle, uma disputa entre o dispositivo da Amazon, o Lev, da Saraiva, e o Kobo, da Livraria Cultura. Veja essa comparação de 2015. No momento que reviso esse texto (2021), procurei o último para comprar pela net brasileira e não achei. O Lev parece que também parou de ser vendido pela Saraiva, deixando somente o Kindle como a opção disponível. Mas vamos falar brevemente sobre ele.

O Lev, da Saraiva

Só conheci uma pessoa próxima que comprou um Lev e não gostou: problemas na compra (o livro não chegou), problemas para envio de anotações por e-mail e má experiência de leitura. Comprou o Kindle pouco tempo depois.

Quanto às especificações declaradas no site, o Lev é muito parecido com o Kindle, da Amazon. Já li em alguns fóruns de leitura que ele possui uma funcionalidade um pouco melhor para converter arquivos pdf em um formato mais compatível com a tela e-ink, mas nunca testei pessoalmente esse recurso.

Há dois anos eu pensei se escolhia o Lev ou o Kindle. O que me desagradava na época (e de certa forma até agora) é que o Kindle permite ler somente os livros, com todas suas funcionalidades, comprados na Amazon. O formato epub era aceito apenas pelo Lev e Kobo.

O Kindle, da Amazon

Apesar de ficar receoso de estar nas mãos da Amazon, escolhi o Kindle. Durante esse tempo, acredito que fiz a escolha certa, uma vez que a multinacional se tornou muito maior do que todas as suas concorrentes juntas.

Quem já possui uma biblioteca em outros formatos, porém, não fica na mão. É possível converter vários tipos de arquivos de forma que eles possam ser lidos no Kindle. O usuário também tira vantagem como cliente da gigante, uma vez que existem extensões para enviar os documentos diretamente ao dispositivo e páginas que organizam seus destaques e anotações. Tratarei desses usos mais avançados do Kindle mais abaixo.

Com essas facilidades, e com o tamanho que tem a Amazon hoje, é impossível não sugerir que o Kindle seja a melhor opção entre os e-readers. É um produto de qualidade e está envolto por uma megaestrutura de apoio que não podemos deixar de aproveitar.

Livros físicos x tablets x Kindle (livros eletrônicos): vantagens e desvantagens 1

Como disse, não vejo sentido no dispositivo mais caro, o Oasis. A diferença é muito grande em comparação com os benefícios. Veja a comparação entre os três Kindles da Amazon nessa página.

Eu colocaria como opções os novos Kindles de entrada e o PaperWhite, ambos com luzes interna (o Paperwhite possui uma potência de luminosidade maior). A diferença em resolução entre ambos só é significativa para gráficos mais elaborados. Para texto, é quase imperceptível.

Independentemente disso, acredito que o Paperwhite entrega um custo-benefício melhor com sua maior capacidade e um acabamento melhor. Sua tela possui a mesma altura das bordas, ele é mais fino e conta com proteção à água.

O Kindle e o mundo sem papel

O objetivo aqui não é dar detalhes de funcionamento do Kindle ou como você faz isso ou aquilo. Para isso, acesse esse link para ficar a par de várias coisas do que o Kindle é capaz. É um guia prático e relativamente completo, explicando como utilizá-lo melhor no dia a dia. Faltam, entretanto, comentários sobre algumas facilidades adicionais (e não tão usuais) que acrescento mais abaixo.

Reforço, por enquanto, apenas minha experiência positiva com ele: em quase cinco anos, o dispositivo continua funcionando perfeitamente. Ele permitiu-me economizar uma fortuna em livros de papel, assim como uma outra fortuna em arranjar mais espaços para acomodá-los.

O Kindle fez-me rever o sentido de acumulação. Um amigo muito próximo já havia dito tempos atrás que livros eram para circular: que não teria sentido em ficar guardando-os muito tempo. Ele tem razão. Eu, entretanto, apesar de emprestá-los frequentemente, sempre os pedia de volta (quando a pessoa não entregava), principalmente por dois motivos: eu sempre gostei de rever ensinamentos antigos: muitos livros tinham anotações.

Além disso, eu queria garantir que eu poderia fazer o conhecimento voltar a circular para outras pessoas com novos empréstimos. Com isso, a necessidade de espaços para mais e mais livros era constante.

Doei já a maior parte das centenas de livros que possuía. Ainda faltam alguns, empilhados nos armários da casa de meus pais. Em casa trouxe apenas algumas relíquias que, devido sua importância pessoal – ou à beleza das edições, desejo manter. Alguns servem como decoração no rack da sala.

No fundo, acredito que o futuro do livro físico será esse: decoração. Livros com capas maravilhosas e papéis especiais, feitos para serem admirados, não lidos. Talvez ainda tenhamos um mercado para os livros de artes (ou alguma ciência que dependa muito de fotos detalhadas, como medicina), que, além da dificuldade de representá-los fielmente em uma tela, expressam sensações que possivelmente apenas a textura do papel é capaz de transmitir.

Livros de engenharia, com muitos gráficos e tabelas acredito que estejam também com seus dias contados, pois a tecnologia logo vai achar um jeito de facilitar sua leitura, seja em livros eletrônicos ou mesmo em telas de OLED, nos tablets, utilizando maciçamente a interação com o toque.

Kindle Unlimited e acessórios

Cabe aqui apenas um comentário sobre o Kindle Unlimited, que é um plano mensal da Amazon que permite você ler mais de 1 milhão de livros, sendo mais de 100 mil em português, por R$ 19,90 por mês. Para quem nunca se cadastrou, há a opção de experimentar por 30 dias de graça. Eventualmente, a Amazon faz promoções de 3 meses por R$ 1,99.

Leia milhares de livros de graça com o Kindle Unlimited

A qualidade da maioria dos milhares de livros, é porém, duvidosa. Sucessos editoriais são em menor número e bons lançamentos quase sempre não são incluídos. Se você lê em inglês, a ponderação muda de figura, uma vez que a oferta dos títulos é bem maior.

Porém, isso não significa que o programa, no Brasil, não seja bom. Como não está vinculado a um plano de fidelidade, você pode assinar e sair a hora que quiser. Fiquei por três ou quatro meses no programa e consegui ler uns 20 livros que me interessaram, e saio quando não vejo mais livros interessantes por lá.

Eventualmente, aproveito as promoções de 3 meses por R$ 1,99 para ler as novidades que são novamente incluídas. Assim, o custo-benefício do programa é muito bom! Vale experimentar.

Sobre acessórios, acho muito legal ter uma capa para o Kindle. Ela não significa exatamente “proteção”, mas usando-a, a experiência de leitura se aproxima de um livro físico, e não a de um dispositivo como um celular.

Você pode manejá-lo com as duas mãos como sempre fez com os livros de papel. Além disso, a maioria delas vem com um fecho magnético que desliga e liga a tela ao fechá-la e abri-la, sem necessidade de ficar apertando o botão de liga-desliga.

As capas de melhor qualidade são vendidas pela Amazon, mas é claro que você pode comprá-las em sites chineses como Gearbest ou Alibaba. Com comentei anteriormente, dispositivos de led podem ser úteis para quem possui o modelo mais básico, ainda sem iluminação interna.

Usos avançados do Kindle

Uma vez que já sugeri um link para auxiliar a entender o funcionamento básico do Kindle, finalizo a postagem com três sugestões para usar de forma mais abrangente o dispositivo. Pelo que vejo por aí, mais de 90% dos usuários não sabem que existem algumas possibilidades que podem turbinar sua experiência.

Ler documentos e livros em outros formatos no Kindle

A própria Amazon permite ler documentos em outros formatos no Kindle através do envio de e-mail para sua conta do Kindle com o assunto “CONVERT”. Funciona tranquilamente para arquivos, doc, html e pdf, entre outros.

Porém, ele não converte livros em outros formatos, como o epub, que é o formato aberto, usado pelos livros eletrônicos da Saraiva e Cultura. Existem, entretanto, vários conversores no mercado, inclusive on-line.

Eu gosto de usar o Calibre, pois, além do conversor, é um software que permite o catálogo de todos seus livros eletrônicos, com a possibilidade de adicionar várias tags para serem usadas como filtros, no momento de procurar aquele livro desejado. Vale a pena instalá-lo em seu computador.

É bom lembrar que ler um livro convertido no Kindle, assim como os pdfs convertidos pela própria Amazon, é plenamente possível, mas a formatação nunca fica totalmente perfeita como nos livros comprados na Amazon: algumas vezes não é possível alinhar de forma justificada e os parágrafos não ficam corretamente espaçados.

Há ainda outras limitações para esses formatos de arquivos como a impossibilidade do uso da nuvem da Amazon para destaques e notas (ver abaixo uma solução) e compartilhamento de trechos do livro em redes sociais.

Arquivar e gerenciar os destaques e notas dos livros na nuvem

A Amazon permite que os destaques e notas de livros comprados em sua plataforma sejam salvos no Kindle Cloud Reader, mas não permite seu gerenciamento, como copiar as notas e enviá-las para um editor de texto e salvá-las como um arquivo de resumo.

Salvar notas no Kindle Cloud Reader

O que muita gente não sabe é que o Kindle possui um arquivo interno chamado myclippings.txt, que guarda todas os destaques e anotações feitos pelo leitor. O serviço da web Clippings.io ajuda a exportar todas essas informações para uma plataforma própria que, além de permitir o uso das anotações por lá mesmo (você pode editá-las como desejar), possibilita a cópia e colagem para a área de transferência.

Exportar notas do Kindle para o serviço My Clippings

Eu gosto de criar arquivos no docs do Google de resumos dos livros para que eu possa revê-los eventualmente. Essa também é uma alternativa para quem possui livros convertidos de outros formatos ao padrão do Kindle: os destaques e notas também são gravados no arquivo myclippings.txt, dentro do Kindle que precisa ser acessado através do cabo USB.

Se você está consumindo livros originais do site da Amazon, pode, inclusive, enviar suas notas para seu e-mail, mas a edição não é tão simples, pois o arquivo vem no formato pdf e csv. Mas não impede que armazenemos na nuvem para posterior leitura. Dê uma olhada no curto vídeo abaixo para ver como funciona.

Usar um recurso da conta da Amazon dos Estados Unidos e compartilhar seus livros entre a família

A Amazon permite que você e seu cônjuge compartilhem suas bibliotecas de livros comprados na plataforma (não funciona para livros convertidos). É ainda possível adicionar 4 crianças. As pessoas sob esta condição podem ler os livros um do outro, ao mesmo tempo, sem conflitos: funciona como um livro próprio para cada um.

No site da Amazon brasileira, esse serviço não está disponível. Mas é possível ambos cadastrarem-se na Amazon americana e cada um acrescentar o e-mail de login da Amazon brasileira do outro. O sistema da empresa entende e permite que possamos usufruir da mesma comodidade. Isso permite que o casal possa dividir os custos das compras dos livros na plataforma.

Eu não sei exatamente como eles controlam a veracidade das informações (IP da internet?), mas aqui em casa funciona perfeitamente. Faz algum tempo que fiz esse processo e não sei se algo mudou até então. Se os leitores quiserem tentar, a página a ser explorada é essa.

Como manter seu Kindle sempre atualizado

O Kindle possui uma opção no aparelho para atualização do software. Mas nem sempre funciona, como já vi em alguns fóruns de discussão. Esse é um dos problemas do dispositivo. A forma (bem) mais rápida é transferir um arquivo baixado do site da Amazon para ele através do cabo USB e reinicializá-lo.

Em primeiro lugar, cheque a versão do software do seu Kindle. Posteriormente, veja a última versão no site da Amazon. Se sua versão não estiver atualizada, proceda conforme as instruções dessa mesma página. A Amazon está sempre atualizando e colocando novidades em seu sistema operacional.

Por último, instale dicionários para aproveitar melhor a leitura

O Kindle permite a instalação de diversos dicionários no aparelho, seja de significados, sinônimos, em nossa língua mãe ou de línguas estrangeiras.

Ele já vem com ótimos dicionários em português e inglês, mas nada impede a instalação de outros. Há diversas opções.

Dicionários e Wikipedia: fácil acesso no Kindle

Essa talvez seja uma das maiores vantagens do leitor eletrônico de livros. Só após ter um, você acaba percebendo quanto tempo é perdido a cada procura de palavra em um dicionário de papel. Sem contar que o Kindle ainda possui opções de procura na Wikipedia e um tradutor de línguas incorporado no próprio aparelho.

Finalizando…

Bem, a ideia do texto foi mostrar os benefícios da migração dos livros físicos para os eletrônicos e sugerir algumas ideias para que essa experiência seja a melhor possível.

Os leitores mais assíduos sabem que esse blog é um associado da Amazon e todas as compras feitas através dos links para a empresa rendem alguns centavos na minha conta pessoal (veja o “Termo de Responsabilidade” no menu “Sobre”).

O site da Amazon não oferece somente livros, mas uma infinidade de produtos como eletrônicos, produtos de informática, para casa e até roupas! Comprar através desses links não envolve nenhum custo adicional para o comprador, mas incentivam novas postagens aqui no blog.

Recentemente, a Amazon trouxe o serviço Amazon Prime ao Brasil, (explicado nesse texto), do qual sou assinante e gosto muito. Tenho lido muitos livros pelo Prime Reading.

Utilizar o link do blog para suas compras no site ajuda a estimular novos artigos nesse espaço.

Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
ler sobre um resumo de minha história
ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
participar de um papo de boteco
curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.

E, se gostou do texto e do blog, por que não ajudar a divulgá-lo em suas redes sociais através dos botões de compartilhamento?

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ricardo
ricardo
3 anos atrás

Bom dia.Adquiri seu livro Viagem Lenta fisico (muito bom por sinal) e ele chegou esta semana.Para mim que sou das antigas,rato de biblioteca e sebos kkk prefiro muito mais os livros fisicos,as vezes leio online algum livro dificil de encontrar ou muito caro,mas se gosto do livro acabo comprando o fisico.Concordo que se for ver as vantagens=espaço,custos,mobilidade,diversificaçao o digital acaba sendo melhor que o fisico,mas p mim a leitura do livro fisico acaba sendo um prazer e no final p que vivemos uma vida minimalista e regrada?Para termos esta liberdade de poder gastar o dinheiro em bens que nos tragam… Leia mais »

Lucas
Lucas
4 anos atrás

Cara, isso de exportar notas, você faz direto no Kindle. Só abrir o livro, ir nas notas e exportar por e-mail. Vai tudo configurado, capa do livro e em PDF. Simples e fácil. Mas só funciona para livros comprados.

Anônimo
Anônimo
4 anos atrás

Oi André! Muito interessante todo o texto André! Comprei o Lev da Saraiva e quando comparei com o Kindle percebi que o Lev era bom, mas, faltavam coisas que só o Kindle tinha como você mesmo relatou em seu texto, então, decidi ficar só com o Kindle. O livro eletrônico é realmente ótimo, principalmente nas viagens que podemos ter o livro que quisermos sem carregar peso, basta entrar na biblioteca e pronto, aí está. Mas, apesar de estar com ele há muito tempo, às vezes ainda sinto falta do livro físico e acabo comprando ou por não encontrá-lo na Amazon… Leia mais »

Thiago Felix
Thiago Felix
4 anos atrás

Melhor blog q existe!

Roberto Biazon
Roberto Biazon
4 anos atrás

Oi André,
Seu blog sempre me surpreende, com enfoques super importantes e objetivos.
Confesso que minha geração, ainda fica atônita com a velocidade da informática. Procuro me atualizar dentro de um algoritmo muito singelo, ainda…
Vou encaminhar esse seu material para o meu filho, que é livreiro e trabalha em editora convencional, para fazer sua análise e dar seu parecer… Estou curioso!
Fraterno abraço…

Alan Barros Lisboa
Alan Barros Lisboa
4 anos atrás

Amigo, nao conhecia seu site, a partir de hoje vou ler com frequência. Parabéns pelo seu trabalho é de ótima qualidade

Blog Ler e Poupar
4 anos atrás

Olá!
Depois que comprei um kindle e assinei o kindle unlimited meu hábito de leitura melhorou bastante.
Eu nem consigo me imaginar sem o leitor de livros digitais.
Confesso que ainda compro alguns livros físicos, mas cada vez mais leio no kindle.
Uma grande vantagem é a disponibilização de livros da amazon nos eua. Para quem está aprendendo inglês ou uma língua estrangeira é excelente.
O recurso do dicionário ajuda demais na compreensão.
Abs.

Adriana
4 anos atrás

André, tenho Kindle há 6 anos! Sou fã. É ótimo para carregar em viagens e para ler no escuro. Me adaptei muito bem, não sinto falta do livro físico. Minha mãe também aderiu ao Kindle e mesmo sendo de uma geração menos acostumada com tecnologia, se adaptou bem. A principal razão sempre foi economizar com a compra de livros, mas também acho muito mais prático. No entanto, embora recomende o kindle a todos, ainda gosto de presentear com livros físicos, especialmente aqueles livros bonitos de capa dura cheio de fotos bem no estilo álbum, pois gosto de escolher algo ligado… Leia mais »

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